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Mostrando postagens de outubro, 2011
portinhola anuviada isso de gostar de alguém não passa um corpo, quem dera dois, não se vê o todo sem se distanciar, não vira pandrogenia: é preciso destruir, uma coisa assim meio Clarice mesmo para se ter um grande amor, viver se vive
uma alergia pontual me marca o dia, você diz que amanhã fará hora extra e sai pontual, eu arrumo os óculos entre um rancor e outro, giro água no copinho, chego em casa e descubro um machucado novo no joelho que só agora me dói, caminhei tranquilo os quilómetros que me separam de casa, são cinco ao todo e as horas, só na volta. Quando não tenho pressa
pontual nação este desejo de curtir o sábado à noite além da cachaça estalo os lábios, dissidente postal.
pronto falei bastante contra a urgência, te deitei na cama mais vezes que a semana e tudo com uma sutileza premeditada de quem deixou para trás a pornografia convicto, mas aprendiz. Deu tempo dos cílios eu fazer muitas metáforas ao longo do intervalo lento em que por fim se tocaram de leve por quase nada além de sono, malícia eu te quero deitado de bruços, a insônia dos que ouvem intacta, o carinho zune por muito menos do que nossas falas.

I became a billionaire and i'm travelling right now. Maybe I'm in a quiet room in the National Museum of Korea, Seoul. Please contact me later.

o dia do mar coincide com o das crianças e eu queria fazer disso um poema não apenas uma frase, mas não se tira da intenção mais do que palavras e o esforço sempre me faz lembrar da Ângela Bismarchi vestida de seu Lula, o espinho da rosa e outras inutilidades que congestionam a memória de eu criança sonhando com a passarela de Aparecida – único polo turístico paulista. Hoje há aniversários e despedidas para alguém, há um feriado inutilizado pela semana e a certeza de cantarolar irônico a quarta-feira de John Cale.